Ética é um conjunto de regras relacionadas aos valores e
conceitos morais de um indivíduo ou grupo social. A ética está diretamente
conectada aos princípios que disciplinam, orientam ou mesmo distorcem o
comportamento humano.
Ética no trabalho é algo profundamente necessário para um
ambiente saudável. Mesmo quando não há um Código de Ética formalmente definido
para a sua empresa ou profissão, em geral há um conjunto de aspectos que são considerados
“bom senso” (mas deixam espaço para interpretações variadas) em uma tentativa
de delimitar o que é o “comportamento ético”, incluindo os que representam
integridade e comprometimento e separando os que ferem os princípios e assim
são inaceitáveis (e assim considerados anti-éticos no âmbito pessoal ou do
grupo).
Um código de ética definido formalmente é positivo porque
remove dúvidas que possam surgir por divergências de opinião de cunho moral ou
valorativo, já que as definições do “bom senso” nem sempre são compartilhadas.
Um exemplo é o Código de Ética Profissional do Administrador, definido pelo
Conselho Federal de Administração e ao qual me obrigo quando exerço minha
profissão.
Mas nem toda profissão ou empresa conta com este luxo,
portanto segue uma pequena lista de 10 itens que podem ajudar a pautar a
confecção do seu código de ética pessoal ou mesmo as discussões a respeito no
seu grupo de trabalho.
Eles usam conceitos abertos (como “honestidade”) e são
baseados na observação de comportamentos identificados como éticos, mas
naturalmente exprimem um determinado conjunto de valores, portanto interprete-o
e adapte-o à sua realidade!
E lembre-se sempre: embora o comportamento ético não vá
constar no seu currículo, ele será reconhecido e associado à sua personalidade
e identidade profissional, e o oposto também é verdadeiro. Seja reconhecido
como um profissional ético e sempre levará consigo esta poderosa referência!
Código de Ética no
trabalho: 10 mandamentos essenciais
1. Seja honesto,
honrado e digno em qualquer situação
2. Nunca faça
algo que você não possa assumir perante sua equipe, seus superiores, seus
subordinados ou o público.
3. Seja humilde,
tolerante, flexível e disposto a ouvir críticas e sugestões.
4. Críticas e
repreensões devem ser feitos primeiro à pessoa a quem se referem, cara a cara.
Se houver o dever de levá-los a mais alguém, que não seja pelas costas.
5. A privacidade
do colega, do cliente e de todos os demais é inviolável. Independentemente de
questões de propriedade corporativa, mexer na mesa, gaveta, informações ou
documentos alheios exige autorização (de norma ou da pessoa envolvida) em
qualquer circunstância.
6. Em ações e
discussões internas, assuma sempre seus valores e princípios e as consequências
dos atos a que eles conduzirem, mesmo que isso signifique ficar contra a
maioria – mas jamais procure obstruir o direito de expressão e voto no
posicionamento alheio.
7. Fique longe de
fofocas e comentários maldosos, mesmo que pareçam fazer parte da cultura do
grupo. Muitas vezes, o simples fato de dar ouvido a elas pode ser suficiente
para identificá-lo com o rótulo de fofoqueiro.
8. A relação
hierárquica e de equipe não deve considerar amizades nem antipatias. O
subordinado amigo deve ao seu chefe o mesmo tratamento que os demais, e o chefe
amigo precisa cuidar para jamais privilegiar o subordinado que lhe é próximo.
Da mesma forma, antipatias pessoais não têm espaço no ambiente profissional.
Reserve-as para seu íntimo e procure oportunidades para superá-la. No trabalho,
trate o colega com o respeito comum, mantenha distância se possível, e não
comente com outros a antipatia que sente.
9. Sempre dê
crédito a quem merece, sem jamais aceitar elogios ou recompensas pelo mérito
alheio.
10. Ao errar,
reconheça, sem exageros. A atitude esperada é “não foi um erro intencional, vou
providenciar para que não ocorra de novo e vou remediar o acontecido”.
O fato essencial é que ser
ético significa, muitas vezes, renunciar a oportunidades de obter dinheiro,
status e benefícios. Se os seus princípios e valores estiverem ajustados, a
decisão ética será sempre a correta, mas a existência de um Código de Ética
aceito por todos do grupo pode reduzir os conflitos e facilitar a resolução dos
casos em que houver dúvida.
Texto de Augusto Campos (www.efetividade.net)
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