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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Por que seu pessoal perde a motivação?

Em boa parte das empresas brasileiras, há uma preocupação perene: como motivar os funcionários, fazer com que eles produzam mais e melhor, profissionalizem o atendimento ao cliente, enfim, façam aquela diferença competitiva que só a motivação traria.

Para alcançar essas metas, parece que vale tudo: fazer planos de incentivo, dar gritos de guerra e contratar palestras de motivação. Nesse último quesito, aparentemente, quanto mais diferente for o palestrante, melhor, o que faz a festa de atletas, participantes de
reality shows, humoristas e similares. Todos são motivadores. Mesmo com tudo isso, a equipe continua a mesma.

A questão é que muitas empresas entendem o problema da maneira errada. Não se trata de motivar os funcionários, mas parar de desmotivá-los.

Acompanhe os dados apurados pela empresa de pesquisa Sirota Intelligence, que entrevistou 1,2 milhões de funcionários das 52 maiores empresas norte-americanas.

Segundo os pesquisadores, em 85% dos casos, o moral de todos os funcionários começa a decair após seis meses em um novo emprego – e continua a se deteriorar ano após ano. Todos começam em um novo emprego cheios de energia, com milhares de planos na cabeça. Os líderes, porém, não fazem nada para manter esse entusiasmo inicial.

A maioria dos funcionários busca três coisas em qualquer emprego:


  1. Equidade/justiça – Queremos trabalhar em um ambiente onde cada funcionário tenha as mesmas chances de progredir na carreira, que possua apenas um conjunto de regras de benefícios, comportamento, ética e segurança no trabalho, e onde recebamos um salário condizente com nosso esforço.
  2. Senso de conquista – Queremos nos orgulhar do que fazemos, conquistamos e da empresa onde trabalhamos.
  3. Camaradagem – Por fim, queremos ter relações boas e produtivas com as outras pessoas que trabalham naquele local.
O funcionário entra na empresa. O que ele aprende em seis meses? Algumas empresas mantêm refeitórios separados para a diretoria e o restante dos trabalhadores. Adeus à equidade/justiça e à camaradagem. Outras não têm programas de feedback/reconhecimento adequados. Nada de senso de conquista, também. Brigas internas entre departamentos, fofocas sobre a empresa, favorecimento de funcionários/departamentos. Muitos desses fatores estão presentes, em maior ou menor grau, em todas as empresas.

Faça um teste. Pegue um dia qualquer de trabalho e analise se cada ação feita pela empresa, por você ou por sua equipe vai contra os três princípios básicos ou os reforça.

Diminuir os fatores negativos pode marcar sua empresa e sua equipe muito mais que gastar em caras campanhas incentivadoras.

Cleverson Uliana
Redator-chefe da revista Liderança

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