Por Adm. Sebastião Luiz de Mello | Presidente do CFA
“Ninguém é insubstituível” é a máxima que todos conhecem e
ouvem, principalmente no ambiente organizacional. No entanto, “ninguém” é um
pronome indefinidamente forte e delimitador. Como não há verdade absoluta, a
possibilidade de desbancar essa afirmativa está ao alcance do profissional de
talento. Mas o que é preciso para se tornar insubstituível em uma empresa ou
organização?
As pessoas são dotadas de aptidões inatas. Cada indivíduo
tem maior facilidade e desenvoltura para determinada área. Então, o primeiro
passo é identificar essa vocação latente para, em seguida, investir nela.
Alguns exemplos tornam essa teoria clara como água. É o caso de jogadores de
futebol como Neymar. Ainda criança lhe foi identificado o talento para o
esporte, talento que foi lapidado desde então tornando-o um dos melhores do
mundo na sua área de atuação.
O mercado profissional é um ambiente aparentemente hostil.
Há muita concorrência. Para sobressair é fundamental investir na vocação, do
contrário estará fadado a ser peça de reposição. Quando surge uma vaga, chovem
candidatos, o que dá a sensação de que a qualquer momento outra pessoa pode te
substituir, que o seu empregador pensa “se você não quer trabalhar, tem uma
fila esperando o seu cargo”. Isso pode até ser verdade, mas não é bem assim.
O objetivo de uma empresa é produzir. Independente do
produto, todas precisam render. Contratar um novo funcionário é um processo que
requer tempo e dinheiro, investimento. Esse tramite retarda a produção. O mais
interessante é manter o profissional que já está ambientado com a rotina da
empresa. A fidelidade mútua é extremamente proveitosa e lucrativa para as duas
partes.
Saber desses detalhes é ter “a faca e o queijo na mão”. O
provérbio inglês “a rolling stone gathers no moss” (pedra que muito rola não
cria limo) sabiamente ensina: é preciso estar sempre em busca do
aperfeiçoamento, não ficar parado, renovar-se. Ser indispensável requer
ambição, conhecimento, desenvoltura e diferencial. A tarefa que você executa
certamente pode ser realizada por outra pessoa. Contudo, a identidade - a sua
“impressão digital” - está na sua forma de executar.
A particularidade é o ingrediente chave. O profissional
competente sabe utilizar seus talentos, aprimorá-los e não cansa de aprender.
Ele se torna indispensável para a empresa por fazer parte do DNA dessa
organização. Sua ambição gera criatividade para inovar, dia a dia, o ambiente
de trabalho.
“Ninguém é insubstituível” pode até ser uma frase
verdadeira, sempre haverá alguém para desempenhar o papel que o outro
desempenhava. Mas cada profissional tem a sua identidade e essa marca,
particular e intrasferível, que se torna imprescindível para uma empresa. O
talento trabalhado e com a sua forma não o tornará insubstituível, mas o
tornará inigualável.
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